sexta-feira, 5 de junho de 2009

RELATO: ANIMAL KINGDOM


O TERCEIRO DIA DE AVENTURAS!

Quarta-feira, 3 de fevereiro de 2009. Acordamos cedo. O clima de ansiedade tomou conta do quarto. O dia de visitar o Animal Kingdom era um dos mais aguardados por nós. Ninguém conhecia o lugar. Nem o Matheus e o Diogo, que já estiveram em Orlando, antes. Seria, portanto, um dia de emoções inéditas para todo o grupo! Ah! A programação noturna também seria em grande estilo. Tínhamos ingressos para o Cirque de Soleil.

ESQUECERAM DE NÓS!

Enquanto nos revezávamos no banho, o restante do grupo terminava de arrumar as mochilas e fazia o desjejum com as comidinhas que trouxemos do Wal*Mart (ler post abaixo, dedicado ao Wal*Mart). Já estava quase na hora do shuttle chegar. Para não perder o ônibus, um de nós (não lembro quem agora) desceu até a porta do hotel e ficou de plantão. Apesar do esforço, de nada adiantou. Não é que o ônibus resolveu passar no hotel, dez minutos mais cedo? Que azar! Justo naquele dia...

“No stress”! Nada estragaria o nosso passeio. Antes, no entanto, pausa para uma pequena discussão com o recepcionista do hotel “Comfort Inn Universal” (ele esqueceu de nos informar a existência de um horário de “tolerância” do shuttle).

Aliás, aí vai a primeira dica deste capítulo!

De nada adianta ser apenas pontual! Não confiem, fielmente, na tabela de horários de saída dos shuttles! Eventualmente, o motorista pode passar mais cedo! A “tolerância” é de 10 minutos. Isso vale para antes ou depois do horário pré-estabelecido. No nosso caso, o ônibus passou dez minutos antes!

Resultado: pela primeira vez na viagem, seguimos ao parque do dia... de carro (alugado no aeroporto de Orlando, pelo Matheus). Foi uma experiência diferente. Filmei boa parte do percurso, até o portal do estacionamento. De imediato, descobri outra característica peculiar dos americanos, até então, ignorada por mim. Fiquei pasmo com a organização deles! Ninguém avança para pegar a melhor vaga. Os motoristas são educados e respeitam a ordem de chegada. Os carros entram em fila e param lado a lado, simetricamente. – “Isto é incrível” (já diria o mestre Silvio Santos).

O estacionamento é gigante e um pouco afastado da entrada do parque. Por isso, tivemos que pegar carona no trenzinho da Disney (de graça!) .

Ufa! Que peregrinação! Apesar de acordar “com as galinhas”, de tão cedo, já passava das dez horas da manhã quando, finalmente, entramos no parque! Ou seja: perdemos a abertura dos portões (humpt!)

Don´t Worry!

Logo depois de passar pela portaria, a beleza do Animal Kingdom compensaria qualquer atraso.

DENTRO DO PARQUE...

No “Guess Relations”, pegamos o mapa em português. E, só então, seguimos até a Ásia, do outro lado do parque. É lá que está a atração mais concorrida (e escolhida por nós quatro para o pontapé inicial): a montanha-russa “Expedition Everest”.

No caminho, pausa para fotos ao lado da linda e poderosa “Árvore da Vida”, o símbolo do lugar. A árvore, esculpida pelo homem, tem 42 metros de altura e consegue ser vista de todos os cantos do Animal Kingdom. Uma verdadeira obra de arte. Impossível, “passar batido” por ela.

DE FRENTE COM A FERA!

Bem, antes de entrar na fila (pequena, diga-se de passagem) da montanha-russa, pegamos o fastpass da atração vizinha: “Kali River Rapids”. Não custava nada.

Tickets na mão, hora de “encarar” aquela montanha enorme, coberta de gelo. Só de olhar para ela, já dá aquele friozinho na barriga. O clima de tensão começou ainda na fila. E que fila... Os idealizadores da Disney costumam pensar em todos os detalhes. No percurso até a estação, uma super produção: há acessórios usados para acampar, equipamentos de escalada, fotos do verdadeiro Everest e outros objetos de decoração. Fabuloso!

Fiquei tão entretido com tudo, que nem percebi a fila andar. Num piscar de olhos, já era a nossa vez! E como somos caçadores de aventuras, fomos no primeiro vagão! Rumo ao desconhecido. - U-húú! Posso ser sincero? Nem tão desconhecido assim. Apesar de ter adorado a atração, saí um pouco decepcionado. Só um pouquinho. Sei lá. Ouvi falar tanto dessa montanha-russa, vi tantos vídeos sobre ela, que não me surpreendi muito. No fim das contas, a constatação é que, neste caso, a minha pesquisa não valeu à pena, pois destruiu o “efeito surpresa”.

AINDA NA ÁSIA.

Bem, na sequencia, ainda na Ásia, entramos nas atrações de exploração a pé. A primeira delas, “Flights of Wonder”, nada mais é que um grande viveiro, com uma variedade enorme de pássaros, devidamente catalogados. Sem muita graça, a não ser pelo fato de que entramos, literalmente, no viveiro. Para tentar diminuir o tédio da expedição, lancei o desafio de tentar encontrar, nos galhos das árvores, acima de nós, as respectivas aves, ilustradas em placas explicativas. Não deu muito certo. Rs!

Depois, emendamos no ”Maharajah Jungle Trek”. Do lado. Um pouco mais interessante. A trilha vale ser explorada pela beleza bucólica da floresta, enorme. Passeamos pelas ruínas de um antigo palácio, habitado por animais exóticos. Cuidado com os morcegos gigantes (calma, eles só comem frutas), aves de rapina, antas (que eles chamam de tapires), dragões de komodoro e até tigres! Pena não ter aproveitado mais. Tivemos que acelerar o passo, pois já estava quase na hora de usar o fastpass, nas corredeiras!!!

Para finalizar a área da Ásia, entramos na única atração molhada do Animal Kingdom. O “Kali River Rapids”. Como não tínhamos mais as capas de chuva (descartáveis, no sentido literal da palavra! Não duraram sequer dois dias inteiros!), o guarda-volumes localizado no centro do bote se tornou fundamental! Menos mal. Foi aquele corre-corre, pois o sistema de embarque é automático! Os botes chegam num trilho, fixo à uma plataforma móvel! Para entrar no bote, pisamos numa espécie de esteira, que gira sem parar! Nem preciso dizer que me atrapalhei na hora de entrar e, mais ainda, na hora de guardar a mochila e o casaco! É muito pouco tempo! Huahauhahua! Foi engraçado ver a reação dos meninos (afobados), enquanto eu concluía a minha “operação de guerra”! Não queria me apressar e correr o risco de molhar meus pertences. A minha calma quase tirou eles do sério! Kkkkkkk! O resto, tiramos de letra! A atração, em si, não tem nada demais. É bem parecida com a existente na “Terra Encantada” e no “Hopi Hari”.

NADA DE SAFARI.

Para onde em seguida? Olho no mapa! Decididos conhecer o safári, que fica na área da África. No caminho, a fome apertou. Paramos numa carrocinha para comer “nuguetts” de frango, com aqueles molhos deliciosos! Hummmmm! Ao chegar na porta do atração, descobrimos que teríamos que pagar, à parte, pelo passeio. Negativo! Mudança de planos, afinal, no “Busch Gardens” faríamos o safári, de graça.

Entramos, então, na área do “Rafik´s Planet Watch”. Um lugar incrível! Pegamos um trem, que sai da estação, a cada 7 minutos. Conhecemos os bastidores do parque, onde trabalham os tratadores dos animais. Nada emocionante. O melhor, veio no ponto final! Fomos deixados numa estação de conservação. Lá, tivemos a chance de olhar as atividades de pesquisa de animais, cuidados veterinários e a preparação da comida. Depois, entramos em outro salão. Os papéis-de-parede de bichos são lindos! Tiramos várias fotos. Sem falar na série de cabines sensoriais. Numa delas, ouvimos o som de insetos da floresta, o barulho da chuva, etc.. No mínimo, relaxante.

MUITO PRAZER, SEU GRILO FALANTE!

Foi neste salão que cruzamos com os primeiros personagens do dia! Pocahontas e o Guaxinim estavam posando para fotos. Em frente, ninguém menos que o Grilo Falante, companheiro inseparável do Pinóquio! Como tenho belas recordações do filme, fiz questão de registrar o encontro. Afinal, não é todo dia que ficamos, lado a lado, com a voz da consciência do boneco de madeira, que sonhava em ser um menino de verdade. Emocionante.

Na saída dessa área, em pleno jardim do parque, mais surpresas! Sem me dar conta, fui interceptado por um robô-lixeira, que perguntou meu nome e o repetiu em alto e bom som, prá todo mundo ouvir. Dá para acreditar? Isso mesmo. Eu conversei com um cesto de lixo! Quando disse que era brasileiro, a lixeira soltou um “-yupiiiiii”, de felicidade! Durante uns 15 minutos parei e fiquei a observar o comportamento do robozinho. Queria descobrir o mecanismo! O melhor de tudo foi mesmo a conclusão nonsense do Pierre: “- Ah, deve ter um anão, aí dentro!”. Hauauauaua! Para os mais incrédulos, em breve postarei o vídeo do meu bate-papo com a lixeira. Gravei tudo!

THE JUNGLE PARADE.

Ainda extasiado com o mundo de fantasia de Walt Disney, resolvi olhar para o relógio. Susto! Já estava na hora de se posicionar para assistir à nossa primeira parada, em um parque da Disney! Matheus e Diogo decidiram se separar, pois não estavam muito a fim de ver o desfile. Ao invés disso, queriam repetir o “Expedition Everest”. A intenção era marcar um reencontro após o desfile, na Árvore da Vida, onde funciona o cinema 4D, inspirado no filme “Vida de Inseto”.

Antes, no entanto, precisei deixar a turma por um minuto. Ainda não havia retirado os tradutores, no “Guess Relations” (precisaria deles, mais tarde, na sessão de cinema)! Foi uma manobra arriscada, pois estava longe da entrada do parque. Tive que correr até lá! Ufa! Voltei em 10 minutos, a tempo de ver a “Jungle Parade” (o lugar não era lá muito bom, mas paciência). Ah! Os garotos desistiram da separação! Foi aquela bagunça. Achei o desfile curto e um pouco desanimado. Mas as músicas e os adereços eram bonitos. De acordo com o tema “selvagem”.

O desfile acabou um pouco antes das 16 horas. Começava então, a corrida contra o relógio! (por causa do horário de repouso dos animais, o “Animal Kingdom” encerra as atividades mais cedo, às 17hs.)

Entramos direto nas raízes da “Árvore da Vida”, onde foi montada uma das atrações mais divertidas do parque: "It´s Tough to be a Bug!". Vimos um filme em 4-D, super legal, com direito a efeitos especiais fora de série! O tema é: “Se você fosse um inseto”. Na fila, é como se estivéssemos dentro de um formigueiro. No cinema, as cadeiras se mexem! Da tela, os insetos jogam água na platéia, sem contar nos cheiros! Incrível! Mais real, impossível!

DE DEBAIXO DA TERRA, RUMO AO FUNDO DO MAR!

De lá, corremos ao teatro, onde veríamos a apresentação do musical, inspirado no clássico “Procurando Nemo”! A fila estava quilométrica. Suspense. Será que a gente ia conseguir entrar? Depois de alguns minutos de pânico (essa era a última sessão do dia), todos entraram! O auditório é gigantesco! Ainda bem. A superprodução é digna da Broadway! Sem exageros. A Disney é mesmo expert em surpreender os visitantes. Mesmo quando você acha que já viu tudo! O musical, de 50 minutos, é lindo e emocionante! Os atores cantam de verdade! E o que dizer do oceano, reproduzido com criatividade e tecnologia!? Demais!

Olhei para o lado e percebi que a reação de todos era de encantamento! Foi aí que eu pensei: Pode ser a sua primeira vez nos parques da Disney, ou a milésima! Tanto faz. Tem sempre algo novo para ver e se surpreender. Em algum momento da viagem, um “nooooossa!” vai escapar da boca. Os pêlos dos braços vão ficar ficar arrepiados, e os olhos, marejados. Não tem explicação. É a magia de Walt Disney World.

ATÉ A ÚLTIMA GOTA!

Antes de ir embora, ainda deu tempo de experimentar as curvas, paradas e reviravoltas da montanha-russa “Primeval Whirl”. Um pouco turbulenta, mas divertida. A esta altura, já passava das cinco da tarde. Com fome, Matheus e Diogo seguiram em direção a saída para comer no belíssimo restaurante Rainforest Café.

Eu e Pierre ainda queríamos explorar a última região do parque, onde fica o acampamento do Mickey e o auditório do Rei Leão (infelizmente, não deu tempo de assistir ao espetáculo). O lugar é lindo! Tiramos várias fotos. Ficamos até ser expulsos!

Para fechar com “chave de ouro”, ainda encontramos, no meio do caminho, com Mickey, Minnie, Pluto, Pato Donald e Pateta! Eles estavam em cima de uma espécie de trio elétrico! Ao som de uma música agitada, a turma de personagens acenava para o público, em tom de despedida.
E assim, terminamos mais uma aventura no parque! O dia chegava ao fim, mas a noite estava só começando. Do Animal Kingdom, seguimos rumo ao Downtown Disney para ver "La Nouba", um espetáculo exclusivo, criado pelo Cirque de Soleil!

Eu conto como foi no próximo post!

Até lá!

Um comentário:

  1. Olá Jayme, achei seu blog pelo VPO...adorei seus relatos...quero saber se você vai continuar postando...no VPO estão todos curiosos, e confesso que eu também!
    abraços,
    Rackel

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